um coração com fendas das quais jorram águas.
meus pés rachados peregrinam o chão
como raízes em busca d'água.
A metáfora das raízes também sugere um mergulho para dentro de si, para nossas bases de sustentação, de onde retiramos todo o substrato necessário à nossa realização. Mergulhando para dentro de nós mesmos, podemos perceber que o movimento começa a partir de uma intenção, de um desejo primordial de contato com o mundo. Este desejo aciona dinâmicas corporais internas, ainda invisíveis aos olhos, mas que afetam e determinam nosso estado de ação. Assim, todo movimento se realiza a partir de uma intenção anterior, que aciona uma teia imensa de sistemas neuromusculares em nosso corpo, também invisíveis aos olhos.
(o movimento quer ocultar-se.)
a espiral de forças na descarga de peso através dos pés:
pela espiral, o caminho que sobe é o mesmo que descefonte: Dowd, Irene. Taking root to fly. Northampton, MA: Contact Editions, 1990, pg 38 |
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