No último encontro lemos e comentamos os 126 fragmentos de Heráclito.
Primeiro, temos alguns obstáculos em relação à tradução. A de Eudoro foi disponibilizada, mas há, of course, outras maneiras mais atuais de se levar em conta a transposição de sentido. Eu ainda não tive tempo nem vou de traduzir todos. Nos meus artigos há alguns traduzidos.
Uma recente tradução dos fragmentos disponível em inglês é a de Andrei Lebedev, que organiza em temas os fragmentos. link https://www.academia.edu/8188629/Andrei_Lebedev_New_edition_of_Heraclitus_2014_Samples
Durante a leitura, vimos que há algumas recorrências:
1- temos os fragmentos relacioados com o modo como o conhecimento é produzido. São os fragmentos que falam de entendimento, compreensão, percepção.
2- temos um outro grupo que é composto como elementos reunidos em séries paratáticas: como em um enumeração se estabelece o desenho de um ciclo de coisas, seja material (água, fogo, etc) seja imaterial (morte, vida, sonho, despertar).
3- vimos um grupo ainda relacionado com imagens de animais, o zoológico de heráclito.
4- vimos um grupo de profissões liberais ou serviços.
5- vimos um grupo relacionado a sons e música.
6- e cenas de cotidiano.
Percebemos um deslocamento, uma mobilidade nas palavras que não se restringir a denominar aquilo ao que se referem mas ainda chegam a designar o seu contrário.
Um desafio seria captar essa mobilidade, esse estar em processo, como algo que não é teleológico, algo para algum fim, mas o processo em si mesmo.
Eu escolhi falar das crianças.
Entre tantos fragmentos importantes, vimos pelo menos três:
1- Fr. 123 A natureza ama ocultar-se / Physis
2- Fr. 93 O senhor cujo oráculo está em Delfos nem fala, nem se cala/oculta, mas envia sinais.
3- Fr. 30 Este cosmo, o mesmo para todos, nem deus nem homem fizeram, mas sempre foi e continuará sendo como fogo continuamente vivo, por medida se acendendo, por medida se apagando.
Lembrar que o livro de Heráclito seria dividido em reflexões/investigações sobre a ordem material do mundo, sobre o viver em sociedade e sobre os deuses. É possível estar falando dos deuses e estar ao mesmo tempo se refereindo às outras perspectivas?
Primeiro, temos alguns obstáculos em relação à tradução. A de Eudoro foi disponibilizada, mas há, of course, outras maneiras mais atuais de se levar em conta a transposição de sentido. Eu ainda não tive tempo nem vou de traduzir todos. Nos meus artigos há alguns traduzidos.
Uma recente tradução dos fragmentos disponível em inglês é a de Andrei Lebedev, que organiza em temas os fragmentos. link https://www.academia.edu/8188629/Andrei_Lebedev_New_edition_of_Heraclitus_2014_Samples
Durante a leitura, vimos que há algumas recorrências:
1- temos os fragmentos relacioados com o modo como o conhecimento é produzido. São os fragmentos que falam de entendimento, compreensão, percepção.
2- temos um outro grupo que é composto como elementos reunidos em séries paratáticas: como em um enumeração se estabelece o desenho de um ciclo de coisas, seja material (água, fogo, etc) seja imaterial (morte, vida, sonho, despertar).
3- vimos um grupo ainda relacionado com imagens de animais, o zoológico de heráclito.
4- vimos um grupo de profissões liberais ou serviços.
5- vimos um grupo relacionado a sons e música.
6- e cenas de cotidiano.
Percebemos um deslocamento, uma mobilidade nas palavras que não se restringir a denominar aquilo ao que se referem mas ainda chegam a designar o seu contrário.
Um desafio seria captar essa mobilidade, esse estar em processo, como algo que não é teleológico, algo para algum fim, mas o processo em si mesmo.
Eu escolhi falar das crianças.
Entre tantos fragmentos importantes, vimos pelo menos três:
1- Fr. 123 A natureza ama ocultar-se / Physis
2- Fr. 93 O senhor cujo oráculo está em Delfos nem fala, nem se cala/oculta, mas envia sinais.
3- Fr. 30 Este cosmo, o mesmo para todos, nem deus nem homem fizeram, mas sempre foi e continuará sendo como fogo continuamente vivo, por medida se acendendo, por medida se apagando.
Lembrar que o livro de Heráclito seria dividido em reflexões/investigações sobre a ordem material do mundo, sobre o viver em sociedade e sobre os deuses. É possível estar falando dos deuses e estar ao mesmo tempo se refereindo às outras perspectivas?
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